Embora mais comuns e num custo mais acessível, as placas de circuito impresso rígidas, em seus laminados mais tradicionais, como o fenolite, composite, fibra de vidro e metalcore, nem sempre são capazes de executar funções específicas. Funções essas só possíveis através de circuitos impressos flexíveis.
Esses circuitos se tornaram muito mais conhecidos após o grande crescimento da indústria de iluminação com leds, que pulverizou nos mais diversos tipos de ambiente as chamadas “fitas de led”. Elas nada mais são do que circuitos flexíveis, que por essa característica, possibilitam aplicações que atendem plenamente, além das necessidades de iluminação, uma ampla gama de opções decorativas em todos esses ambientes.
Mas muito antes do crescimento da iluminação por leds, os circuitos flexíveis já eram produzidos e utilizados por vários outros segmentos da eletrônica.
Sempre foi muito comum ver circuitos flexíveis acompanhando o movimento dos cabeçotes de algumas impressoras e, mesmo em equipamentos onde não é possível visualizar o circuito, elas estão presentes. Esse é o caso de máquinas fotográficas profissionais, que para manter um formato anatômico ideal e um menor peso, inviabilizariam o uso de placas rígidas.
Teclados de membrana combinados a esses circuitos flexíveis também atendem uma enorme quantidade e tipos de equipamentos. Além disso, inúmeros equipamentos, por sua forma física, se tornam muito mais viáveis com a opção de utilização do circuito flexível.
Mesmo com um preço superior às placas de circuito rígidas, por estas vantagens pode-se afirmar que muitas vezes sua utilização pode tornar o custo final do produto inferior ao de uma combinação de placas rígidas. Elas muitas vezes ainda precisam ser interligadas por conectores e fiações que, além de terem custos adicionais, ainda envolvem aumento de mão de obra e maior incidência de problemas de manutenção futura.
É claro que, para que a flexibilidade seja possível, a espessura do dielétrico é quase sempre bastante inferior à espessura dos laminados rígidos, o que em algumas situações traz desvantagens em alguns fatores como dissipação da temperatura gerada pelo circuito. Mas para diminuir essa desvantagem, existem materiais específicos como o caso da poliamida, capaz de suportar temperaturas bem mais elevadas que o poliéster, mantendo um excelente desempenho.
A composição desses dielétricos flexíveis tem variações a depender de sua forma construtiva. Há dielétricos cuja junção ao laminado de cobre ocorre através de um adesivo, o que gera maiores espessuras, menor flexibilidade, maior ângulo de flexão entre outras desvantagens. E a outra opção tecnicamente superior é a laminação da poliamida ao cobre que acaba gerando resultados muito mais eficientes em todos esses quesitos citados, além de outros.
Algumas outras vantagens também precisam ser citadas como a leveza do material, incomparável às placas de circuito impresso rígido, trazendo grande vantagem quando utilizados em produtos eletrônicos pequenos e leves. Além disso, a longa durabilidade desses materiais também deve ser considerada.
Algumas situações específicas necessitam em parte do circuito, das características próprias do circuito rígido e, em outras partes, da flexibilidade dos circuitos flexíveis. Por isso foram desenvolvidos processos de fabricação capazes de interligá-los formando um único componente, que chamamos de circuito impresso híbrido.
A fabricação, tanto do circuito híbrido como do flexível, tem seus custos afetados pelo maior número de etapas e processos envolvidos, além dos insumos utilizados um pouco menos comuns do que na fabricação dos circuitos rígidos. É importante ressaltar que dadas as maiores dificuldades de processo, a maioria dos fatores que impactam em custo na fabricação do circuito rígido, impactam de forma ainda mais significativa no circuito flexível.
Exemplos como baixas larguras de trilhas e espaçamentos, diâmetros de furação muito pequenos, maior número de layers, entre outras características, elevam o custo do circuito flexível ainda mais fortemente do que no caso dos circuitos rígidos.
Por isso, ao se projetar um circuito, todos esses fatores também precisam ser levados em conta e evitados sempre que possível.
Os circuitos flexíveis de uma única face têm sua complexidade de fabricação menor que os flexíveis de duas faces ou multilayer. Isso apresenta, portanto, um aumento de custos em relação aos circuitos rígidos não tão elevados, o que eleva significativamente a vantagem em sua utilização em diversos produtos.
Quando precisar de circuito impresso, seja ele rígido, flexível ou híbrido, lembre-se que a TEC-CI sempre poderá lhe ajudar a definir a melhor opção, visando aquela relação de custo-benefício que melhor atenda às suas necessidades!