Condutores e isolações em placas de circuito impresso: cada vez mais perto do zero!

Quando as primeiras placas de circuito impresso chegaram ao Brasil, não se imaginava que seria possível fabricar modelos com trilhas e espaçamentos tão reduzidos como temos atualmente. Os avanços tecnológicos nas áreas serigráfica, gráfica e fotográfica, aliados aos avanços nos processos de corrosão, possibilitaram essa grande evolução.

Enquanto a grande maioria das placas eram confeccionadas através de telas de silk screen, corroídas com percloreto de ferro e por imersão, era difícil ter sucesso em trilhas com larguras abaixo de 0,5mm. Esses limites foram evoluindo aos poucos, à medida em que também melhorava a qualidade das emulsões e tecidos utilizados nas telas serigráficas. Os processos de corrosão também contribuíram muito neste avanço.

Tela de Silk Screen

Processo de Corrosão

Equipamentos com jatos fortes, bem direcionados e com ótimos controles de temperatura, densidade e PH do corrosivo, geralmente alcalino e à base de amônia, ajudaram muito na definição das trilhas, pois com a velocidade de corrosão, minimizou-se o ataque do corrosivo que acontece às laterais das trilhas.

As perdas de definição que ocorriam nas transferências de imagem, desde a geração dos fotolitos, foram muito reduzidas com as fotoplotters, máquinas de altíssima resolução, e principalmente com a utilização de transferência fotográfica da imagem dos filmes diretamente para a placa de circuito impresso. Isso ocorre através de filmes como o dry film, ou ainda por tintas fotossensíveis, popularmente chamadas de “filme líquido”.

Aplicação de tinta fotossensível em sala com iluminação especial

Dry Film

Com isso, foi possível chegar de forma confiável a limites muito reduzidos de trilhas e isolações, sendo comum encontrar alguns fabricantes pelo mundo anunciando larguras mínimas de trilhas e espaçamentos de “invisíveis” 3 mils, equivalente a 0,0762mm. Isso mesmo! Já foi rompida há algum tempo a barreira dos 0,1mm, e pelos avanços tecnológicos, o zero estará cada vez mais próximo.

Imagem Ilustrativa – Placa com trilhas de 3 Mils – 0,0762mm

No Brasil, continuamos na busca por estes mesmos limites, mas já com resultados que atendem plenamente a necessidade de quase 100% da demanda nacional. Projetos que necessitam de trilhas e isolações de 0,15mm já são atendidos em placas multilayers e dupla face, e em circuitos convencionais de uma face que normalmente utilizam processos serigráficos, já estamos nos aproximando desses limites em placas onde não exista grande ocorrência desses pontos.

É muito complexo estabelecer um limite único para todas as placas, pois as chances de sucesso em uma placa com um único ponto de trilha ou isolação reduzida é muito maior do que em uma placa com inúmeros pontos críticos.

Placa com maior incidência de pontos críticos

Placa com um único ponto crítico

Por isso, nós da Tec-ci Circuitos Impressos, recomendamos que ao necessitar de placas que exijam trilhas ou isolações ainda mais reduzidas, enviem seus arquivos para uma análise, pois situações de poucos pontos críticos na placa podem ser atendidas até abaixo dos limites normalmente especificados.

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